segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Inteligência Animal


No seguimento de um documentário que foi transmitido no Odisseia com o nome de "Inteligência Animal", lembrei-me de algo que tinha escrito vários meses antes.




Se os animais têm uma grau de inteligência igual ao de uma criança de 6/7 anos, como refere o documentário, poderemos afirmar que são seres bastantes inteligentes. Não significa que sejam capazes de compor música, pintar, escrever, desenvolver tecnologias. No entanto, será que se tornaram mais porque arranjaram uma forma mais construtiva ou exigente de comunicar? Tornaram-se um pouco mais inteligentes porque lhes ensinámos uma maneira de comunicar mais construtiva, com maior variedade?

Aquilo que nos separa dos outros animais, é a nossa forma complexa de comunicar. Usamos palavras e gestos abstractos ou complexos para expressar e comunicar aquilo que vemos, cheiramos, sentimos e ouvimos. Óbvio.
Qualquer animal não será mais inteligente por ele próprio. Ou seja, eles não são mais inteligentes, porque não comunicam como nós, não têm o mesmo "vocabulário" nem a mesma maneira intrincada de verbalizar.
Têm memória, e usam-na apenas para caçar e se alimentarem. Como foi exemplificado no documentário, precisam de se lembrar que tipo de fruto, cor do fruto e feitio do fruto para saberem se era comestível  e não venenoso.
Emitem sons, e os sons são dos meios de comunicação mais arcaico, simples e abrangentes que existe no mundo. O mesmo som pode ser utilizado num acto de violência, de aviso ou de amor. Por tanto, os seus cérebros torna-os inteligentes consoante a maneira que comunicam. A sua exigência no meio em que estão inseridos. Acontece o mesmo com o ser humano. Cada pessoa transforma-se e adapta-se ao seu meio social, às suas emoções familiares.
Sofremos milhares de milhões de anos de evolução até atingir a maturidade nas nossas cordas vocais actuais. E foi pela nossa capacidade e exigência de nos expressarmos que o nosso cérebro começou a evoluir nesse sentido. "As Origens da Linguagem - Do Grito à Fala"

Voltando um pouco acima. A inteligência dos animais pode ser equiparada a uma criança, e a razão é, como já referi acima, porque aprendeu a comunicar de outra maneira.
O autor explica como evoluímos à medida que a escrita e leitura se tornava cada vez mais acessível às pessoas mais pobres ou sem estudos. Na altura em que a escrita começou a ter um método estandardizado de ser escrito, a leitura do mesmo alterou-se, tornou-se mais fácil e permitiu que o seu leitor lesse um texto para si, ao contrário do que se fazia antes, que era uma leitura em voz alta, para um público ou para o próprio individuo. Cada leitor tornou-se um "filósofo", um "pensador". Tornaram-se auto-suficientes. No sentido em que o que liam, os ensinava ou os permitia filosofar.

Outra coisa que diferencia animais inteligentes de animais com inteligência social, no sentido de se unirem e executarem juntos uma tarefa ou várias acções para um mesmo fim.
Animais inteligentes são os macacos, mas são incapazes de executarem juntos uma tarefa. Golfinhos e Cães, são animais com inteligência social. Para além de possuírem inteligência, interagem entre si ou com outros animais, em conjunto, para um fim.

A nossa evolução permitiu-nos chegar a um ponto de comunicação bastante complexa. Existem animais também eles com os seus meios de comunicação que nos parecem abstractos ou caóticas, mas em nada se compara com a dos humanos. Dizem os entendidos que se uma criança aprender uma língua estrangeira para além da sua, que as suas capacidades cognitivas tornam-se maiores e melhores, significando que o seu cérebro sofre uma transformação.
Os sonhos também têm um papel importante na nossa vida, visto que passamos 1/3 dela a dormir. Aprendemos com eles, imaginamos, inventamos, sofremos e sentimos. Preparamo nos. O mesmo acontece com os animais que têm a capacidade de sonhar.
Outro facto interessante, é que a capacidade de ante-ver algo, é uma das melhores ferramentas que se possui. Permite-nos, a nós e aos animais, prepararmos-nos ou adiantarmos-nos a uma acção externa ou necessária. Antever um ataque ou uma fuga, esquerda e direita.

Se grande parte dos animais demonstram inteligência, ao seu próprio nível  poderemos afirmar de que a probabilidade de existirem outros seres inteligentes no universo, é bastante elevado.

Uma das mais maravilhosas e incríveis descobertas de inteligência nos animais, um grande passo na biologia, foi o conhecido papagaio Alex. Que tinha um grau de inteligência igual a uma criança de 6/7 anos.


"Everybody is a genius. But if you judge a fish by its ability to climb a tree, it will live its whole life believing that it is stupid." ― Albert Einstein

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