quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Falta gente caseira...


Em Portugal, e com toda a certeza, no mundo inteiro, começa a faltar uma coisa incrivelmente importante para a sobrevivência da nossa espécie. Mães e Pais caseiros.
Sabem aquela "típica" mãe, que cozinha e que gosta de cozinhar? Que passa a ferro, estende a roupa, aspira, esfrega o chão com a cera? Que se preocupa com os filhos, que os leva ao hospital à minima constipação ou dor de garganta? Que chateia os filhos e os filhos dos outros para saírem de casa sempre agasalhados? Sim, essa mesmo. Muito provavelmente pensas-te na tua mãe. Se a tua mãe é assim, uma mulher de armas pela casa, com ordem, pela roupa, pelos medicamentos, pelos cozinhados, pelo amor incondicional, então a tua mãe e mães como a tua, começam a fazer falta neste país.

Mas não me esqueço dos pais. Sabes aquele pai, que quando os filhos ainda são bebés ou mal sabem andar, os atira ao ar ou lhes dá o dedo indicador para se segurarem e caminharem ao lado dele? Aquele tipo de homem que a tua mãe chamava para mudar uma lâmpada, uma torneira, arranjar um azulejo na cozinha ou o autoclismo da casa de banho? Aquele que te levava ao hospital quando eras mais novo/nova ou te tentava sempre fazer rir ou distrair-te das coisas "más"? Sim, esse mesmo. Provavelmente pensaste no teu pai. O teu pai e pais como ele, começam a fazer muita falta neste país.

Porque digo isto? Uma das principais razões, é pela facilidade com que as raparigas de hoje, inclusive raparigas com a minha idade e mais velhas (24 anos), se agarram louca e perdidamente pelos estudos, pela universidade, pela carreira, pelo futuro delas como mulher independente. Não, não estou contra os estudos ou a universidade, mas neste longo caminho em que tanto elas e eles começam a conquistar a sua independência e, principalmente, começam a criar e a desenvolver uma personalidade, assim que começam a entrar na universidade e a morar longe dos pais ou sozinhas, esquecem-se de que têm de se alimentar. E para comer, basta ir ao café da esquina que vende uns bifes bons com arroz e batata frita, ou basta telefonar à PizzaHut, ou, a mamã até passa lá em casa de X em X dias e lhe deixa comida já pré-feita, ou um tupperware de sopa, de carne, ou uns enlatados que ficam prontos ao fim de 2min no microondas ou no forno.
Elas, cuja única coisa que sabem fazer, é aspirar por aqui e por ali, fazer a cama e pouco mais, descuidam-se tanto ou mais, que os homens, que deixam de saber arranjar uma torneira, um cano roto, uma lâmpada, uma tábua descolada, um interruptor ou uma tomada.
O que nós precisamos em Portugal, URGENTEMENTE, é de PAIS!!! Não precisamos de mais médicos, de mais advogados, de mais assistentes sociais, de educadoras de infância, de psicólogas, de informáticos, de veterinários, etc etc. Nós precisamos, acima de tudo, de Pais! Mas eu falo de pais com maturidade, com consciência, com respeito mutuo, com boas opiniões, que façam parte do processo de aprendizagem dos seus filhos. Já que eles não pediram para nascer, então os pais são obrigados a dar uma boa educação, a estarem presentes e não ausentes.
Falo de pais que estão juntos, não apenas e só por amor mútuo, mas também por saberem que os dois funcionam bem em conjunto! Hoje em dia isso já não existe e já não se vê. Hoje tudo é fácil, tudo é aborrecido, tudo é um conto de fadas ou de fodas... As pitas e os pitos querem é namorar, casar pelo facebook e construir uma relação com base em ideias pré-concebidas pela sociedade, que vêm nos filmes, novelas, publicidade, músicas, revistas cor-de-rosa, e certos programas de televisão. Parece que o que importa hoje em dia, é ter uma boa voz. Se não sabes cantar, não vales um caralho e mais valia estares morto!
Tenho na minha vida, muito poucos exemplos de casais que estão juntos, não só por amor mútuo, por respeito, mas também porque perceberem desde o ínicio, que funcionam os dois bem juntos. Os meus pais são um desses exemplos. A minha Mãe assume certas tarefas em casa, como o cozinhar, lavar e estender roupa, o meu Pai, concerta as coisas, trata dos pagamentos por multibanco, dos contractos da televisão por cabo, das lâmpadas, do telhado do quintal que pinga, e ela, das flores, dos passaritos, dos animais cá de casa, da limpeza da casa de banho, do quarto, do aspirar, e ele, dos pregos, da fita-cola, das idas ao mecânico.
Sim, cá em casa as coisas funcionam assim. Papeis de Pai e Mãe. Bons exemplos, que sim podiam ser melhores. Mas ninguém é perfeito, mas eles estão bem um para o outro. Funcionam em equipa. Não é em namoro, não é em relacionamento, é em equipa, porque ao fim do mês têm de pôr comer na mesa, pagar a casa, o carro, arranjar isto e aquilo, lavar a loiça e fazer o comer, pagar os medicamentos, a gasolina, a água, a luz, a roupa, etc etc etc.

Hoje? Oa fim de um ano de namoro, os jovens dizem adeus aos paisinhos para irem morar com a namorada/namorado. Gente que fez 18 anos à 1 ano e que julga saber o que é verdadeiramente uma relação, uma partilha interpessoal de uma pessoa com outra. Sim, uma partilha. Se não existir partilha, não existe evolução pessoal ou interpessoal.
Meses depois, casam-se pelo facebook e julgam saber o que é a vida de "casal". Pitos e Pitas que nem pouco nem mais ou menos têm maturidade ou uma personalidade definida ou forte o suficiente para manter ou apoiar as suas próprias decisões e opiniões.

Ontem (14-10-2014), percebi que não estava preparado para viver sozinho. Ainda dependo da minha para me alimentar e para ter a roupa lavada. Como deixei à muito de ficar a chorar sobre isso, apesar de ter pensado muito durante a noite, decidi pedir à minha mãe para me ensinar a fazer Sopa! Sopa de Couve e Sopa de Cenoura. Não, eu não sabia fazer, e por não saber fazer, pedi-lhe que me ensinasse. Eu sou esse tipo de homem que gosta de cozinhar e que não fica com fubia ou desamparado quando entra numa cozinha ou lhe pedem para descascar batatas. Coisa que muito boa gente, rapazes e raparigas da minha idade não sabem fazer. O meu irmão por exemplo, despreocupa-se por completo de aprender a cozinhar ou de cozinhar. Sou eu quem fica encarregue de fazer o comer ou de o terminar, quando a minha mãe sai de casa. Sim, também sou esse tipo de "filha" que ajuda a mãe na cozinha, que vai às compras por ela e que aprende a ver.
O que falta neste país, para além dos pais e mães caseiras, é de filhos e filhas! De jovens e adultos que saibam cozinhar. Se não souberem, quando tiverem filhos vão cozinhar o quê? O típico prato de Hamburguer, bife de peru, batatas fritas, arroz e ovo estrelado? E que tal um peixe cozido com batatas e brócolos cozidos? Ou um daqueles bem grandes, no forno, com batatas a murro?
Bem, é demasiado estranho ver um rapaz a falar de fazer comer, e muito possivelmente é pouco "sexy" para as raparigas pitas cuja única coisa que lhes interessa é o namorado perfeito e sem falhas, que as faz rir e estão sempre lá para as ajudar, etc etc. Quando um gajo não quer ficar sozinho e até tem umas quecas de vez em quando, faz qualquer coisa. Até aturar a filha dos outros!
Ouvir um homem falar de cozinha, só se ele "souber beber vinho" ou se falar em vinhos, caso contrário é uma grande falha, não é? Bem, eu não bebo...
Se estes jovens se despreocupam tanto com a parte mais importante das suas vidas, alimentarem-se e vestirem-se, como vão saber viver sozinhos ou o que vão cozinhar quando tiverem filhos? Vão preocupar-se quando tiverem o fedelho nos braços a chorar e a berrar!?
Ou talvez sejam daquele tipo de pessoas interesseiras que "casam" com um homem ou uma mulher que saiba fazer precisamente aquilo que vocês não sabem, não é? É uma boa escolha. Não se esqueçam é da parte em que devem gostar também um do outro, que se aturam bem, que são mais os beijos que as chapadas, os passeios mais que as zangas, e o dinheiro mais que as dívidas.
O meu tipo de mulher? Terá de ser tão maluca como eu. Não falo em malucas de fanatismo ou completamente apanhadas dos cornos. Falo em raparigas diferentes. Não vou escolher alguém só pela razão de saber cozinhar, mas por partilhar a vontade de ter filhos, de ter curiosidade, de ter vontade de aprender, pelo respeito que me tem, pela personalidade e maturidade. Afinal de contas, vou passar 80 anos ao lado de uma mulher que será minha cúmplice em tudo o que fizer. Uma mulher a quem irei contar segredos, com quem irei conspirar e deixar a minha vida nas mãos dela e ela nas minhas. Uma mulher que será a minha melhor amiga, uma segunda mãe, uma aventureira e com amor para me dar, sem pensar em: "Ontem deste-me, então agora é a minha vez de retribuir...".

Sim, namorar serve para encontrar a Tal, de ir experimentando, mas o que acontece hoje em dia, nos tempos de hoje, do agora, é o erro de os jovens se "juntarem", e acharem que o "namorar" é para sempre. Que o namorar é uma espécie de pré-casamento. Pior de tudo, o que advém deste facilitismo, destas falsas paixões, é o facto de que ao fim de alguns anos de "casamento", se acham no direito de separar só porque as coisas não correram bem de algumas das partes. O problema, é que eles nunca se incomodaram em se importar com essas coisas. Sim, eu sei que namorar, quando somos novos, é também uma forma de nos descobrirmos, de brincarmos uns cons outros, e de desenvolvermos o nosso motor de comunicação social e interpessoal, mas a facilidade com que duas pessoas se podem separar, é no mínimo ridículo. E ainda fazem disso um autêntico divórcio! Ainda bem que não têm filhos. Alguns...

Não sou um expert nas relações, e nos namoros. Todos os que tive, todas elas acaram comigo e escolherem outros, mais "Machos", mais "inteligentes", mais "capazes" de satisfazer todos os seus caprichos sexuais, monetários e profissionais.
Não há nada para dizer...
A facilidade com que me julgaram, a mim e aos meus erros, ou aos meus defeitos, ao meus podres, fê-las agir da forma mais fácil: Fugiram do problema. Eu também já fugi de alguns compromissos, e apesar de as decisões que tomei perante eles não tivesse sido fácil, aprendi com eles. Mas a facilidade com que se deixa alguém só porque vê pornografia, porque gosta de olhar para a roupa das outras raparigas na rua, que não tem o mesmo objectivo de vida profissional, não tem um curso universitário ou não é rico, não deveria ser sinónimo de "divórcio". Esta facilidade é herdada das histórias dos filmes que viram, das novelas, da publicidade, dos videos de música. Os mesmos mecanismos que os Mídia utilizam para aliciar os jovens a comprar a nova moda de telemóveis, mp3, roupas, e desvalorizarem o português para falarem Inglês+Português como uma lingua desenvolvida ao logo de centenas de anos. Como se fosse algo com o qual pudessem escrever uma tese. Por incrível que pareça, usam-na para responder nos testes... Que geração tão culta e educada, não é?

A parte mais grave nas suas mentes infantis e imaturas, é de que elas foram incapazes de me ver como as via a elas. Vê-las no futuro, vê-las como elas realmente eram, imperfeitas com os seus defeitos e feitios. Eu, fui capaz de ver os seus podres, sem elas mesmas se aperceberem de que os tinham e, além deles, de as ver como mulheres incríveis que cada uma delas era à sua maneira. Aquilo que me tinham para oferecer e para me dar ao longo dos anos. Este podre, esta falha nas mulheres de hoje, e também nos homens, irá fazer surgir uma geração ainda mais despegada da realidade, das emoções reais e verdadeiras. Ficarão viciados ou completamente apanhados, pelas emoções que irão sentir na pele, no cérebro, sem compreenderem aquilo que lhes está a acontecer na cabeça. Se não souberem explicar o que sentem, e se não quiserem explicar ou perceber como funcionam, irão continuar a ser como aquelas pitas e pitos, cujo o significado de Amor é:

Uma paixão, louca, por outra pessoa, que não sabemos explicar. É algo que se sente e não se explica por palavras e tão pouco por gestos. É um sentimento que vem de nós, do nosso coração. O amor não se explica, sente-se!

Eu gosto de pensar no amor como um conjunto de reacções químicas que acontecem no nosso cérebro. Que nos estimulam os órgãos sexuais, nos dilatam as veias e fazem o coração bombear mais depressa. É uma excitação por outra pessoa, do sexo oposto (ou não), que -- sem nos apercebermos -- nos diz que aquela rapariga ou rapaz, são o ser perfeito para acasalar, ter filhos saudáveis e partilhar genes.
Para mim, isto é amor. De forma crua, de forma "fria" e realista. Não é inexplicável, é explicável! É definido, pode ser estudado, contabilizado, transformado em estatística. Amor é, quer aceitem quer não: Atracção sexual por alguém do sexo oposto com quem podemos ter filhos. Paneleiros e Lésbicas não entram nesta equação. Pois não podem ter filhos ou reproduzirem-se em conjunto.
Se tu és daquelas que acha que amor é uma coisa que não consegues, não sabes nem tencionas explicar, desculpa dizer-te que fazes parte dos 99% da população que se deixa influenciar por tudo aquilo que vê, ouve e sente. E não, não vejo o amor, apenas e só desta maneira. Também me deixo levar pelos sentimentos à flor da pele, pelas massagens, pelas caricias, pelos beijos, pelos arrepios e carinhos. Pelo "amor" impalpável e inexplicável de que tu também sofres, só que eu, sou realista e gosto de saber como funciona o meu corpo e o corpo da outra pessoa. Porque quando mais eu me conhecer a mim, melhor serei a dar prazer, a ouvir, a dar concelhos, a dar a minha opinião, a defender as minhas ideias. Quanto mais independente estiver do meu piloto automático, que assimila tudo sem filtrar nem pro em causa aquilo que ouço e vejo, então vou ter problemas em melhorar quem sou, em construir uma boa relação, em conhecer os pontos fracos e fortes do outro, os defeitos e feitios, os podres.

Percebi, à muitos anos, de que se quero ser pai, um bom pai, tenho de me preocupar em sê-lo! Tenho de me tornar um! Se quero ser um bom namorado, um namorado perfeito, tenho de aprender e de me aplicar em sê-lo! Por isso, ao invés de esperar 10/20 anos até ter um filho nos braços, ou uma namorada ao meu lado, li, ouvi, procurei saber, interessei-me em aprender e em passar por pequenas experiências. Em me aplicar em cada relação, e em lidar com os erros, não só com o choro, mas também sobre uma perspectiva analítica. Não esperei, fui à procura. Assim aconteceu com a Sopa de Couve que pedi à minha mãe para me ensinar a fazer. Porque me preocupo com o meu futuro, com o futuro da minha esposa e com o futuro dos meus filhos. Preocupo-me, mas há "muita boa gente" que se acha no direito de achar que eu me preocupo demasiado. Que estou a perder certas coisas na vida. Que me devia divertir mais, ao invés de pensar em ter filhos ou namorada com esta idade. De pensar com a cabeça que os meus pais me ajudaram a desenvolver.
Se os pais não se preocupam com os filhos, a não ser quando é para falar de notas, do quão bons são no futebol, no psicológo, dos dentes bons que herdaram do pai ou da mãe, os filhos vão-se preocupar com o seu agregado familiar? Claro que não! Têm a mamã e o papá para lhe fazerem o comer e arranjar a torneira lá de casa. E já agora, para os mais "ricos", uma empregada a dias que lhes faz tudo, e que fazem de segundas mães.

Ainda assim, uma das coisas que não suporto, é saber que uma senhora, empregada doméstica, é obrigada a limpar a casa que outros sujam. Eu gosto muito de limpar a minha casa. De limpar o meu quarto, de ajudar a minha mãe. De ser eu a fazer o comer, "quando me apetece", ou quando sou encarregue de o fazer. Eu sou caseiro. Não a 100%, mas preocupo-me em o vir a ser. Porque é por eu me importar, me preocupar e me esforçar em ser, a nível pessoal, que me torno a cada conquista, um homem "perfeito". Porque um "homem perfeito", ou um rapaz educado, não é só aquele que abre a porta às mulheres, que é cordial, que puxa a cadeira para a donzela de sentar, que oferece rosas, que cede a tudo o que ela diz ou pensa. Um bom homem, e já não falo em "homem perfeito", tem de ser bom. Tem de ser "completo". É uma pessoa que se vai desenvolvendo, que vai crescendo e aprendendo com o tempo, com os erros, com os fracassos. É um homem, ou uma mulher, que não fica parada ou que atira os problemas para trás das costas, que não é invejosa para si. 

Costuma-se dizer, que as mulheres deveriam avaliar um homem pela maneira como trata a sua mãe. Mas também se pode acrescentar outra avaliação. Pelo tipo de cozinhados que faz.
AVALIAÇÃO (Youtube)

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Em defesa dos homens ou do que resta deles...
O que sou...?

1 comentário:

  1. Apesar de achar que vou parecer egocêntrica no que vou dizer vou comentar na mesma...
    Tenho 22 anos e moro praticamente sozinha. O meu pai trabalha a 50Km de casa e a minha mãe, por estar desempregada, fica com ele lá perto. Já eu passo mais de metade da semana com a casa toda para mim. Cozinho, oriento a casa, vou trabalhar. E até agora tudo tem corrido bem. Graças aos bons exemplos que tive da minha mãe. É verdade que ela me deixa sopa congelada mas por um simples facto. Quando ela vem a casa faz uma panela gigante. E mesmo eu dizendo que não me importo de fazer sopa só para mim no início da semana ela diz que assim poupamos mais. De resto cozinho tudo para mim. E mais do que ovos mexidos ou atum com esparguete. Cozo legumes, faço peixe, massas, refugados. Só aprendi a cozinhar no início deste ano, é verdade, mas desde aí tenho aprendido sempre mais e mais. Nunca me imaginei a gostar de ser dona de casa mas confesso que gosto de limpar a casa de alto a baixo e sentir um cheiro leve no ar. Sou caseira. E felizmente o meu namorado também. Para além de ser mecânico de profissão é um "faz-tudo". Posso confiar nele se precisar de arranjar algo. Tal como ele pode confiar em mim para lhe lavar a roupa ou fazer comida para levar no dia seguinte para o trabalho. E se há coisa que aprecio na minha relação com ele é o facto de nos ajudarmos, em tudo. Ele também cozinha, também lava a loiça, também aspira. E não tem vergonha de o fazer. Vejo-me com ele, apesar de lhe conhecer os defeitos de cor. Ele também conhece os meus e é por isso que nos damos tudo bem.
    Tal como tu, tenho a certeza que ele dará um excelente pai. A vossa forma de ver a vida é a melhor, acredita. E não duvido que vocês os dois se iriam dar bem. Têm perspectivas bastante parecidas e apreciam o mesmo numa mulher. Homens como vocês (com H grande) são raros. E quem ficar contigo terá muita sorte.

    Tenho é pena que pessoas caseiras, como nós somos, existam poucas. Basta olhar para a famosa "Casa dos Segredos". Aquilo é o reflexo da nossa sociedade. Simplesmente assustador. Felizmente sou o oposto daquelas mentes ocas. Não, não estou a ser egocêntrica. Estou a ser realista. Tenho 22 anos e uma vida já planeada. Não tenho medo de dizer que não me quero casar. Não tenho medo de dizer que gostava de já ser mãe. Sei que nasci para isso e que quando o fizer irá correr bem.

    Duvido que muita gente na minha idade tenham as mesmas seguranças.

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